Gravatá

O município de Gravatá teve origens numa fazenda, em 1808, pertencente a José Justino Carreiro de Miranda, local esse que servia como hospedagem para os viajantes que iam comercializar o açúcar e a carne bovina, principais produtos da época, que eram levados em embarcações do Recife até o interior. Como a navegação pelo rio Ipojuca era difícil, os comerciantes eram obrigados a fazer paradas estratégicas para evitar também que o gado perdesse peso.

Uma dessas paradas ficou conhecida como Crauatá, denominação, que deriva do tupi Karawatã (“mato que fura”), por conta da predominância de uma planta do gênero da família das bromélias, também chamada caraguatá, caroatá, caroá e gravatá.

Localizada a 80 km de Recife, na rodovia BR-232 que liga Recife a Caruaru, com altitude de 447 m acima do nível do mar e com um clima agradável,  Gravatá é uma das cidades do Nordeste que mais cresce com o turismo.

Gravatá tem aproximadamente 85.000 habitantes, mas nos fins de semana quando ocorrem eventos essa população atinge cerca de 140 mil pessoas: turistas de todo o mundo que vêm desfrutar do clima agradável e gracioso da cidade. Contempla o 5º melhor microclima do Mundo.O clima de Gravatá é considerado tropical de altitude com média anual de 19°C, tendo como média no verão 20° e no inverno 15°C, com alta umidade relativa do ar no decorrer do ano.

Tem como principais atividades econômicas a agricultura (abacaxi, milho, algodão, batata doce, tomate, tangerina, feijão, banana, mandioca, morango), o comércio varejista e a pecuária.

Conhecido como importante polo moveleiro do Estado, concentra um grande número de fabricantes de móveis rústicos e semi-rústicos em madeira maciça, além de fibras naturais como junco, vime, ratã e cana-da-índia.

Um grande celeiro de artistas, onde muitos trabalham com o artesanato manual, com peças de todos os gêneros, desde a tradicional bonequinha da sorte passando pelos brinquedos educativos em madeira da Artgravatá, até telas e esculturas.

Importante polo de cultivo de hortaliças e legumes do agreste pernambucano, especialmente no setor de orgânicos, produz e comercializa, em média, duas toneladas semanais, em feiras da cidade e ainda de Caruaru e Recife. Também tem papel de destaque no cultivo de plantas e flores, com a produção de diversos tipos de rosas, crisântemos e outras espécies de flores, que garante ao município o título de maior produtor de flores temperadas do Nordeste.

No setor da criação animal, destaca-se por sua vocação de criador de animais selecionados. Cavalos das raças manga larga marchador e quarto de milha; rebanho bovino das raças leiteiras jersey, gir, girolando e guzolando, ovino das raças santa inês, suffolk e texel e caprino com planteis de bôer importados do Canadá, Estados Unidos, Alemanha e África do Sul. Além de inúmeros canis, com as raças rottweiler, boxer e cocker spaniel.

O setor imobiliário do município é um dos mais importantes do interior pernambucano, sobretudo após a duplicação da BR-232 (hoje denominada Rodovia Luiz Gonzaga) e pela oferta de terrenos e condomínios rurais que se multiplicam.

Segundo os corretores, além do município ter o metro quadrado mais caro do Estado, é o local onde mais se constroem casas em Pernambuco, com uma média de cinco por dia.